segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Peixe no Papelote

Olá amigos
Como não apanho peixe, vá de colocar transformações dos mesmos.
Vai mais uma receita? Esta é tão simples que parece impossível. Experimentem.

Ingredientes (2 Pessoas)
1 peixe Até 500-600Gr ou 2 postas de peixe (Pargo; Corvina; Cherne) qualquer um.
Feijão verde (300Gr)
Cenouras (300Gr)
Curgete (1 Pequena ou meia se for grande)
Azeite
Sal
Folha de Alumínio

Preparação

1 - Corte uns 80 ou 90 cm de folha de Alumínio (um pouco mais que a metade que vai usar) e
     coloque-a em cima da bancada.

2 - Numa metade da folha ( um pouco menos) passe um fio de azeite. De seguida faça uma cama
     com o feijão verde (depois de arranjado ), as cenouras e a curgete. Salpique com Sal grosso.

3 - Coloque o Peixe por cima da cama de legumes e nova camada de legumes com mais um fio de azeite e 
      um pouco de sal.
      Deve ficar com o aspecto que se mostra.

4 - Feche o papel de alumínio dobrando as pontas de forma a que fique criado um saco.

5 - Faça um furinho (mas mesmo só um furinho) no alumínio pela parte de cima
     Deve ficar com esta aparência.


6 - Leve ao forno previamente aquecido a 180º e durante 45 a 50 minutos.
    
7 - Retire o papelote do forno e abra. Regue no prato com azeite a gosto.Prove. Acredita no sabor que está
     a experimentar? Parece impossível não é?



Acompanhe com um Branco (Monte Velho) Alentejano.
Bom apetite

Nota: Se achar que os legumes são poucos, faça um saquinho só com legumes aplicando o processo
          anteriormente indicado.

domingo, 11 de dezembro de 2011

* * * Dourada Escalada * * *

Desta vez não há história de captura de peixe, mas sim de transformação; a que vulgarmente chamamos receita.


Dourada Escalada (4 Pessoas)

Ingredientes:

1 Dourada (Até 2Kg)
Azeite (4 dl)
Alhos (4 ou 6 Dentes - Conforme o tamanho)
16 Batatas (Pequenas ou menos se forem maiores))
Feijão Verde (500Gr)
2 Cenouras
Oregãos

Confecção

Comece por arranjar a Dourada e escalar (como se mostra)

Acenda o Fogareiro onde vai grelhar a dourada e vá aquecendo a grelha



Coloque uma panela com água e sal (qb) ao lume.

Lave as batatas (São cozidas com casca) e dê um ligeiro golpe com a faca no sentido longitudinal.
Arranje o feijão verde e as cenouras, colocando tudo na panela. Deixe cozer.

Pincel a dourada com óleo alimentar (por dentro e por fora), salpique com sal a gosto e coloque na

grelha com a pele virada para baixo. Quando achar que o peixe está passado desse lado, vire do outro


lado. Só até ficar ligeiramente loirinha.

Corte os alhos às rodelas e deixe-os fritar (só um pouco) no azeite.

Retire as peles às Batatas, regue-as com um pouco de azeite e salpique-as com os oregãos.

Coloque a Dourada numa travessa, (com a pele virada para baixo) e regue-a com o azeite.

Sirva com as batatas e os legumes cozidos.

Bom apetite

terça-feira, 22 de novembro de 2011

* * * Mar para Enjoar * * *

- Dia 19 de Novembro, foi dia de pesca.
As consultas frequentes ao Windguru, indicavam um vento fraco, vaga de 3 a 3,4 metros e um período de vaga entre os 14 e os 17 segundos. Belo. Belo mar para enjoar.

Foi isso que quase me aconteceu, por volta das 9 horas, ao ir dentro da cabine do "Makaira" buscar um sanduiche e um sumo... mal baixo a cabeça... é pá... uma má disposição terrível (é verdade que a coisa já se estava a fazer sentir). Pensei... é hoje que a coisa se dá.

Fui comendo e bebendo o sumo (com gás), começaram então a aparecer uns "arrotos", a má disposição começou a querer abandonar o corpo, ao mesmo tempo que chegava uma vontade enorme de pescar. Antes isso. Tinha tomado o comprimido do enjoo como faço sempre. A noite até tinha sido bem dormida. Não houve copos, nem garrafas, nem nada disso. Foi um comportamento exemplar. Terá sido do pastel de Nata? Não sei. Já passou e pronto.

- A pesca foi dura. Devido ao estado do mar que vos apresentei anteriormente, a ferragem do peixe tornava-se difícil. O Peixe consegue comer sem que o pescador perceba que o está a fazer ( com outros mares também isso acontece (peixe pequeno)). Mas neste dia estava ainda mais difícil. A adicionar a esta vaga, o "Makaira" decidiu efectuar uns "piões", comandado certamente pela direcção desta que alterava, ou pelo sr. vento, que aparecia a dar um ar da sua graça de vez em quando. Este "baile" quer em cima quer em baixo, proporcionou magníficos "arrochanços" e o consequente abandono de material no reino de Neptuno.

Eu tinha dito ao Ernesto no inicio da jornada, enquanto estávamos a preparar as canas, que a ponteira de amortecimento da minha, devia de ser trocada, ao que ele me respondeu " estás à espera  de quê?". Talvez ainda aguente, disse eu.

Durante um desses "arrochanços"... foi-se. Foi um arrochanço, mas podia ter sido um peixe bom. Certamente que teria acontecido o mesmo. Ficou a lição: "Se pensamos ou desconfiamos que algum material não está em condições, então devemos actuar imediatamente de forma a que  fique operacional. Este comportamento pode ser a diferença entre a captura ou não de um grande exemplar". Espero ter aprendido.

- O Resultado do nosso trabalho resumiu-se a: 8 Pargos, 7 Douradas, 3 Abroteas, 2 Besugos, 2 Fanecas, 1 Safia, 1 Coupa (Podem ver o desespero para guardar este tipo de peixe; não tenho nada contra as fanecas, não tenho nada contra as safias, não tenho nada contra as choupas, mas comparados com os "lutadores" pargos e douradas,... enfim, é a crise).

Nenhum dos exemplares capturados foi merecedor de foto. Peixes a rondar o kilo e alguns nem isso.
Fica a foto do resumo desta dura jornada  que demos por terminada por volta das 16h00, mas que valeu muito a pena. A companhia do mar, do João Maria, do Ernesto e do Makaira, são fantásticas.



Por mais estes bons momentos passados na minha vida, ficam os agradecimentos aos amigos.

Boas Pescas
TóZé

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Peixes Teimosos

Olá Pessoal

- Dia 22 de outubro foi um dia feliz. Foi dia de pesca. Começou com a instabilidade das condições atmosféricas, e consequentes consultas do windguru, para tentar saber como ia estar o estado do mar, para este dia. A consulta que se fazia agora, após 12 horas (WindGuru Gratuito), já não era bem a mesma coisa, se por uma consulta dava para sair, a seguinte dizia que devíamos de ficar em casa a tratar do material. Foi neste estado de certeza que ficámos até às 20.20 de sexta-feira, hora em que confirmei com o Ernesto a jornada de Sábado 22.

- Inicio sem pressas como sempre.... passagem pela pastelaria, para.... isso mesmo  .... o pastelinho de nata e um cafezinho...... hummm... estavam mesmo bons.

-Inicio da ação de pesca por volta das 9h30 num  pesqueiro próximo de terra. Os relatos dos dias anteriores, não nos davam boas perspectivas. Eram até mesmo desanimadoras.... durante a última semana não se estava a apanhar peixe, não era o relato de um ou outro companheiro, mas de todos, correram pesqueiros de norte, de sul.... os resultados foram sempre os mesmos, peixe pouco.... muito pouco.

- O mar estava "manso", o vento na casa dos 16 a 18 Km por hora, o que facilitou a colocação do "Makaira" em cima do pesqueiro selecionado pelo Ernesto.

- Bastou-nos uma hora para confirmar que os relatos dos companheiros pescadores da última semana, estavam correctos. O Peixe atacava a isca, mas... a medo e mesmo assim de forma irregular.
Os sinais estavam dados, havia que mudar. Após telefonema do Ernesto para um companheiro, que andava por mares um pouco mais fora, decidiu mudar.

- Um pesqueiro na casa dos 52  metros e com mais 20 que o anterior; estava apresentado o nosso novo local de trabalho. Sim.... local de trabalho.... e com ordenado mínimo... ou nem isso.

- A Jornada que durou até às 15h00, (mais ou menos), pautou-se por 6 Douradas e um parguete- Uma do João Maria (Que iniciou a jornada com um peixe .... mas um grande peixe, que acabou por entocar... seria um Mero? Talvez..... continua no mar com um piercing) e 2 para mim, tendo a maior 1,690Kg (para verem a miséria) que se mostra.

O Nuno Mira lutou com uma moreia até à beira do barco mas.... soltou-se, deixando o pescador triste e com uma  ponteira  partida. O mesmo me aconteceu a mim, (só que consegui não partir a ponteira ) com um animal exatamente igual. Até penso que seria o mesmo. Os restantes exemplares, ou seja 1 parguete e 3 douradas a pertencerem ao Ernesto, mas com tamanhos pequenos (1Kg por aí). Apesar de ter registado uma luta forte, com um peixe que não quiz colaborar... soltou-se o malvado. Ficou a adrenalina do momento.

- O Mar estava a mandar-nos embora. A ficar com a vaga maior, o vento a crescer, estava na hora de rumar ao porto.

Iniciou-se o regresso na velocidade adequada ao mar, enquanto os "trabalhadores" retemperavam o estômago com o resto do lanche.

Na marina estava um fim de tarde magnifico, entre o carregar do estojo para o passadiço, e as picardias do João e do Nuno, ainda houve tempo para entregar às gaivotas e aos peixes (que sempre andam pela marina) o resto do isco. Foi uma festa. Elas  faziam uma algazarra, eles.... mudos, lutavam entre sim por um lanche ajantarado.

- Foi com desejo de ficar que me despedi do amigo Ernesto, mas a jornada tinha terminado. Não foi uma pesca de arca cheia, mas foi um dia bem passado, na companhia de amigos com uma paixão idêntica à minha... A Pesca.

Até à próxima .
P.S - Tentativa de cumprir o novo acordo ortográfico, será que consegui?

TóZé.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

* * * Trabalho até ao Insucesso * * *

Olá Pessoal

- Aqui estou para mais um relato de jornada de pesca com a equipa habitual no sítio do costume. A equipa: Ernesto Lima, João Maria, Nuno Mira e Eu, o Local: Sines.

- Para quem vai lendo estes relatos (mesmo sem os comentar), já percebeu que o objectivo das nossas acções de pesca é o Pargo, embora sejamos prendados de vez em quando com; Douradas, Sargos, Sargos Veados, etc.

- Este tipo de pesca, dá-nos um enorme prazer, porque é feita sempre sobre "tensão", estamos sempre há espera do Pargo grande, que dá uma luta extra ordinária. Para se atingir este objectivo, a quantidade de isco (sardinha) utilizada, ronda os 14Kg por jornada (4 Pescadores) + as cavalas que eventualmente vão entrando e que também são transformadas em isco.

- Como em todos os outros tipos de pesca, existem dias que a geleira fica cheia e outros nem por isso. Embora o entusiasmo dos "Atletas" não esmoreça perante as dificuldades que vão surgindo.

- Foi o que aconteceu nesta jornada de 10 de Setembro. Trabalhámos com entusiasmo, com afinco, com crer, mas os resultados... foram escassos.

- Para um pesqueiro a 50 metros , com uma marcação fantástica na sonda, os nossos amigos não subiram ao poço do barco.

- Iscadas com 2 postas de Sardinha, com 3 postas de Sardinha, com 1 posta, com meia Sardinha, com filetes de cavala, com camarão... o resultado foi sempre o mesmo...roubo das iscas nas 4 canas... capturas do que se pretendia... poucas. Salvou-nos o Ernesto com 4 ou 5 Peixes (1 Pargo, 1 Bica, 3 Douradas), o Nuno Mira com 1 Dourada e 1 Moreia e Eu com 1 Dourada. O João Maria, que é celebre pelos Sargos Veado, ficou em branco.

- Passo então a mostrar algumas das fotos tiradas (foi pena o Ernesto não ter querido tirar uma com o Pargo- mas o rapaz agora só quer tirar fotos com peixes de 4 Kg para cima.( Está mal habituado!!! ou bem não sei.)
A Dourada do Ernesto

A Dourada do Nuno Mira

A Moreia.... brrr....Bicho Feio

A Dourada do TóZé

Por hoje é tudo, com muita pena minha, pode ser que para a próxima seja melhor
Até lá.
Boas Pescas
Tózé



terça-feira, 16 de agosto de 2011

* * * A Pesca dos Teimosos * * *

- Até nem era para ir. Tinha combinado com a minha mulher fazer durante o mês de Agosto umas "coisas" em casa, que vão sempre ficando para trás ao longo do Ano. Foi isto que tinha transmitido ao Nuno Mira e ao João Maria, ou seja... "Não contém comigo em Agosto". Mas o João foi persistente; invocando o feriado nacional em Agosto (15), mais o facto que em Julho também não tinha-mos ido, devido a acontecimentos na vida do João que justificaram plenamente a minha ausência e a dele das jornadas de pesca. O falecimento do pai dia 21 de Julho, inviabilizou a jornada marca para 23 de Julho. Como devem calcular, a disposição não era favorável ao cumprimento do calendário.

- Nestas alturas devemos apoiar os nossos amigos, porque no meio de tanta coisa má, podem precisar de nós, podem precisar de uma palavra, ou seja... podem precisar.... e para isso, os amigos, estão onde devem estar; PRESENTES.

- Sabendo isto, e pela necessidade que certamente sentia em "limpar" a cabeça, convenceu o Ernesto a sair dia 14 de Agosto e a mim também.

- Feita esta pequena introdução justificativa, .... cá vai.

- O João e o Ernesto, combinaram encontrar-mo-nos na Marina , entre as 7h00 e as 7h30 de Domingo, mas o meu amigo João, no que diz respeito à pesca, não tem preguiça para se levantar e então vá de combinar às 4h00 à porta da minha casa. A viagem decorreu em amena cavaqueira até Sines onde chegámos para cima de cedo (6h20).
Era muito cedo relativamente à hora combinada com o Ernesto, mas... teve uma coisa boa; podemos desfrutar da saída daquele pessoal todo, que tal como nós iam à procura de uns peixinhos.

- Uns riam, outros discutiam sobre o material utilizado, outros ligavam aos mestres (MT) a dizerem o local onde se encontravam e o que deviam fazer, uns iam carregados como burros, como se fossem passar uma semana no Mar, outros apenas uma cana, uma sacola e um balde, outros com carrinhos onde transportam todo o material necessário à jornada, enfim, o material utilizado pelos diversos tipo de pescadores desportivos. Todos transportavam no estojo o desejo mais elevado de apanhar peixes... muitos... e grandes!!!!. Seria? É essa incerteza que transforma as jornadas de pesca tão interessantes.
Toda esta azafama contrastava com a acalmia que o Mar apresentava neste dia.
É um cenário que nem sempre temos oportunidade de observar, umas vezes porque também estamos no interior do cenário (e isso dificulta) e outra porque.... mesmo estando de fora, não estamos com a nossa sensibilidade para aí virada.
Ficou a experiência de uma coisa simples da vida que foi devidamente vista. Gostei.

- 7h20. Estava na hora de acordar o "dorminhoco" Ernesto. A tarefa foi executada pela voz "sensual" do João Maria; " Serviço de Despertar, Bom Dia". Passados alguns minutos apareceu , bem disposto como sempre. Os cumprimentos da praxe e "É pá se quiserem vão entrando e montem as canas, que eu vou só ali à pastelaria tomar o pequeno almoço". A Pastelaria dos pastéis de Nata? Perguntei. É essa é, respondeu o Ernesto. Musica para os meus ouvidos, a pesca estava a começar bem. Deixemos as canas para depois e vamos lá então. Estavam maravilhosos como sempre.

- Regresso à  marina e montagem das canas já a bordo do "Makaira". Após esta operação, vá de navegar até ao pesqueiro.
O Ernesto tinha falado "É pá não se tem estado a apanhar nada de jeito, vamos lá a ver o que se consegue fazer.....". Mói-te... pensei. Um pastel de Nata já eu apanhei, o resto.... logo se vê.

- Fundear no pesqueiro com a precisão do Ernesto, seguida de esclarecimento: "Eu tenho só a zona marcada e não o pesqueiro propriamente, por isso temos que procurar". Foi o que fez. Após uns 20 minutos (mais coisa menos coisa) o "Makaira" estava no sitio pretendido. A precisão foi alcançada.

- As iscas utilizadas foram as do costume; Sardinha, Cavala e camarão (pouco).
Começámos então por volta das 9h00 o nosso trabalho. Como sempre iniciou-se o roubo das iscas.
Ao fim de uma hora (talvez), apareceu o primeiro "Carapau" (nada do que se pretendia), marcaram presença também uma ou duas "garoupas da rocha", umas "Bogas" (A comida das "Gaivotas"), até que perto do meio dia, a cana do Ernesto vergou forte. Era peixe grande. O Ernesto iniciou então a luta, mas ao fim de alguns minutos.... piimm, partiu o fio. Passados uns minutos comecei na brincadeira "Estás a ficar nervoso". (Estava a brincar mas a mim e ao João também viria a acontecer o mesmo, ou seja... peixe a partir o fio após alguns minutos de pesada luta).

- A hora estava avançada e peixe de jeito nada. Nisto o Ernesto ferra um parguete

- Poucos minutos depois iniciou nova luta; desta vez à Cabeçada


A coisa estava a aquecer. O Trabalho estava a dar resultados. A cana do parceiro à direita do Ernesto dá também um ar da sua graça.

- O João também tirou 1 dourada, 1 Pargo e 1 Sargo Veado (Obrigado a tirar foto). Mas já não me lembro da ordem.


- Por volta das 17h00 foi a minha vez de iniciar uma luta à cabeçada


- Só pesava 2,8 Kg não era grande coisa, mas ... era o que se podia arranjar.
Perto da 18h00, o regresso ao porto, com a foto do resumo da jornada.




E a má noticia "Não há agua (doce) na marina". O Ernesto ficou bastante aborrecido porque já viram o que é querer lavar o material (canas, carretos) e até o próprio barco, já sem falar na necessidade de um banhinho antes de iniciar o regresso a casa.

- Deixámos o Ernesto nesta situação embaraçosa, mas conscientes que nada podíamos fazer para ajudar o nosso amigo.

Foi assim que terminou mais uma jornada de pesca dos teimosos.

Ps: Estou convencido que a ingestão de pastéis de nata tem influência na captura de peixe.
      Na captura não sei, mas.... aumenta em muito a minha boa disposição.


Boas Pescas e Até Sempre



Toze

sexta-feira, 1 de julho de 2011

* * * Pesca sem Espectativas * * *

- A pesca estava agendada para dia 29-06-2011 no "Makaira" através de email, tinha combinado com o Ernesto, voltar a falar no dia 28-06-2011 para afinar os promenores, ou antes se fosse caso disso.

- No dia 27 por volta das 12h o João Maria, ligou a perguntar; "Como é que está isso da pesca com o Ernesto?" Olha, ainda não está nada confirmado, no entanto, penso que brevemente vamos ter noticias, mas o Windguru apresenta um vento um pouco elevado, e o Ernesto não costuma sair com essas condições; respondi eu.

- Por volta da 15h00, toca o meu telemóvel apresentando no visor um numero desconhecido. Atendi como o faço sempre. Era o Ernesto. A dizer exactamente o que eu tinha transmitido fazia pouco, ao João.

- Com alguma insistência minha, lá acedeu ao pedido (o que os amigos fazem uns pelos outros), mas foi avisando... " É pá... isso é mar cachão, lá fora nem pensar.... só se ficarmos ali pelos pesqueiros mais encostados a terra... podem-se fazer boas pescas nesta altura do ano, se o peixe já estiver encostado.
Olha Ernesto, não estejas preocupado.Respondi : eu e o João Maria só queremos espairecer.... comer um pastel de nata e o resto logo se vê.

Após esta pressão, e com um espírito aberto, esperando um dia de convívio entre a  brisa marítima, o Makaira e... nós... é claro, ficou agendada a comparência na marina por volta das 7h30 8h00.

- Cumprimos o horário escrupulosamente (como sempre). Andava o Ernesto a passear ao pé dos portões da Marina, certamente a desfrutar da paisagem, do cheiro do mar, esperando a chegada dos companheiros de jornada.

- Após os cumprimentos normais, perguntei: "Então, vamos buscar as iscas?", não, já está tudo tratado, respondeu. Vamos carregar as coisas para o barco e... vamos embora. Olha, o meu pastel de nata já se foi (pensei eu). Como já tinha comido um em Alcácer do Sal, também não era grave.

- Após esta conversa (fiada) vamos ao que interessa.

- Procura de pesqueiro ( o mesmo dos ingleses) , ver se havia actividade, ver a deriva do barco.... tudo visto ..... ferro para baixo.... ajeita-te... espera mais um pouco.... já está.

Acção de pesca.

Lá começaram a comer... muito lentamente.. ao fim de... não sei bem, talvez uma meia hora sai o primeiro parguete ( não chegava ao Kg e por isso sem direito a foto).
O pesqueiro foi mantendo a actividade durante todo o dia de forma a não permitir a mudança de local.
Foi-se tirando uns carapaus, uns sarguinhos 2 sargos veados como o do João (que se mostra).

- Foi evoluindo ao logo do dia, entraram mais um ou dois parguetes, até que por volta das 14h30 o mar começou a ficar um pouco mais agitado, a dificultar a acção de pesca, e decidimos; vamos mandar as iscas mais uma vez e quando vier para cima, vamos embora.

- Olhei para o tabuleiro das iscas, estava um camarão e umas postas de sardinha, vá de iscar, sardinha no anzol de cima e o camarão inteiro no debaixo. Mal as iscas chegaram ao fundo, vi o vibrar muito subtil da ponteira, tentei a ferragem, consegui. Senti o peixe, primeiro parecia colado ao fundo !!... (houve quem disse-se "isso é o fundo"), depois uns safanões valentes e começou a oposição de vontades; o peixe queria ir para o fundo, eu queria que ele viesse para cima. Leva fio... recupera fio... os companheiros perceberam que se tratava de um bom exemplar e começaram a fazer tudo para ajudar: O João levantou a cana (não fosse o animal enrolar-se na pesca dele). O Ernesto de chalavar em punho.... a quem eu perguntava; estou a fazer tudo bem? Estás pá...continua. Foi a resposta. A luta continuou até mostrar o peixe, que com muito prazer partilho com vocês.


- Após a captura (no anzol com o camarão), foi arrumar o estojo e iniciar o regresso ao porto, fazendo algumas reflexões sobre os nossos comportamentos na acção de pesca, a persistência, o mudar ou não de pesqueiro, as maneiras de pescar, enfim... o resumo da jornada.
- "Abandonámos" a companhia do Ernesto por volta 16h00 para iniciar o regresso a Évora, não sem antes tirar a foto do resumo da jornada que apresento.


- No regresso iniciei a resolução de outro problema. O Pargo acima apresentado tinha 4,200Kg e tinha que ser devidamente arranjado antes de ser degustado. Então foi assim:

1º Cortar as barbatanas - Com uma tesoura de cozinha e as mais fortes com uma tesoura de podar.

2º Escamar - Com o escamador normal, as escamas saiem bem, são grandes e o peixe estava fresco.

3º Tirar as tripas e guelras - Com uma navalha e faca bem afiadas o processo decorreu de forma trabalhosa mas dentro do esperado. Após a lavagem com uma mangueira no quintal, devidamente limpo no interior e no exterior, aproximava-se a parte mais difícil; Cortar o peixe.

4º Seguindo uma sugestão do amigo Ernesto ( Habituadíssimo a estas lides), com uma faca alta e bem afiada, fazendo umas incisões no sitio que se quer cortar, depois encostar a faca na espinha central e com um martelo de borracha bater com força na faca (convem ser em cima de uma tabua forte (no meu caso, foi uma tabua alta de madeira de freixo) porque se fizerem esta operação em cima de uma mesa, podem danificar a mesa). Olha!!!.... as postas ficaram exactamente como eu queria.

A da cabeça (com gola) foi logo para o jantar em família, acompanhada de legumes cozidos, branco fresquinho e alguma vontade. Não demos à conta. As restantes foram refrescar ideias, esperando a sua vez de serem trabalhadas para presentearem outros comensais ou os mesmos! Quem sabe.

Até à próxima
Boas pescas.



segunda-feira, 20 de junho de 2011

* * * Os Bons e os Maus * * *

- Há uns tempos atrás, fiz uma entrada no blog, sobre o que era ser pescador. E desta vez estou aqui para escrever não sobre pesca (ou jornada de pesca) mas sim sobre pescadores.

- Para mim os pescadores são como a música. Só há dois tipos; a boa e a má. A boa é aquela que eu gosto
e a má .... a que não gosto.

- Com os pescadores é um pouco assim também... os bons são os que eu gosto e os maus os que não gosto. Será que é assim? Talvez não seja... os pescadores são pessoas, e como qualquer pessoa têm defeitos e qualidades.

- Nos maus os defeitos saltam....e são apresentados de forma clara e nalguns casos temos mesmo dificuldade é achar as qualidades.

O não cumprimento das horas marcadas; não ajudar o companheiro durante a jornada, quando este está aflito (por um motivo qualquer); uma coisa a que eu chamo "GARGANEIRISMO" e o não cumprimento de compromissos assumidos, são características do "tipo".

- Mas talvez o pior deles seja o "garganeirismo". É uma maneira de estar na vida. Pauta-se por: Nada chega e tudo o que se tem é pouco. O praticante do garganeirismo tem um lema; "Mais vale fazer mal que sobrar".

- Quando uma equipa de pesca é "presenteada" com um praticante desses.... então.... certamente vai dispor de um mau ambiente, quer durante as jornadas, quer fora delas.
Se somarmos esta maneira de estar, a uma língua solta, que fala sem pensar e por conseguinte não pensa o que diz, "disparando" em tudo quanto é direcção, então,... como costumo dizer "Temos o Baile armado".

- Geralmente são indivíduos que não honram os compromissos assumidos, e isso... é PÉSSIMO.

Compete aos companheiros deste tipo de pescadores tentar mudá-los? Fazer ver a incorrecção das suas atitudes e comportamentos bem como o mau estar causado aos outros companheiros?
Serão capazes, este tipo de pessoas, alterar o seu comportamento? Não sei. O que sei é que me irritam profundamente. Ainda bem que não tenho ninguém assim na minha equipa.

Os Bons

Os bons são aqueles que partilhar uma jornada de pesca, deixa de ser um desporto e passa a ser um prazer. Comportam-se exactamente de forma oposta aos anteriores. Partilham tudo; material, conhecimento, histórias, lanche, e fundamental; em todas as jornadas é sempre distribuída uma dose generosa de amizade.
E claro está, honrando sempre os seus compromissos. Defeitos? Sim certamente. Mas dificilmente detectados (pelo menos na actividade lúdica).

É assim o pessoal da minha equipa. Bem hajam.

Ía-me na alma e tinha que ser dito.

No passado Sábado fui com o João Maria à pesca com o mestre Vitor.
Uma pesca sem história, com alguns besugos,(não sei bem quantos), um safio pequeno (1Kg - mais ou menos), Uma bica pequena (1 Kg), nada que merecesse fotografia. Ficaram apenas registados primeiro na memória e depois num jantar (Sábado a Bica) e no almoço (Domingo os Besugos). Claro está, tudo isto em família acompanhados de boa disposição e um "branquinho fresquinho).

Até à próxima
Boas Pescas
TóZé

segunda-feira, 30 de maio de 2011

* * * Pensar a Pesca * * *

Olá pessoal

- Dia 28 de Maio, efectuei uma saída à pesca com o mestre Vitor.Os cumprimentos da chegada e a  apresentação do futuro mestre do barco, o Snr.Carlos. O Vitor é o Comandante de um iate de recreio, e parece que o novo dono, apesar dos seus 8x anos, gosta muito de passear, por isso o Vitor vai ter que cumprir este verão em pleno a função para a qual foi contratado. O que o levou a ter que arranjar alguém capaz de assegurar as saídas de pesca no Delfins.

- Bom, mas isto são pormenores dignos da revista "Caras" ou outra do género e nada tem a ver com a essência da pesca.

- Desta vez a nossa equipa foi um pouco alterada, o Nuno Mira devido a compromissos familiares trocou com o Miguel Caetanito (já não ia com ele à pesca à algum tempo). Ficámos assim privados do nosso fotografo Presunto ( Alcunha do Nuno Mira).

- A saída para o mar foi para lá do cedo, foi cedíssimo.. 6h00. Aproveitei o tempo de deslocação até ao pesqueiro, para ir montando a cana, ao mesmo tempo que pensava... faço pesca aos "diversos"... não faço..!!! a sardinha é pouca.... é pá... vou pescar com a técnica EL até às 12h00, ou até acabar a sardinha, e depois logo vejo. Assim pensei e assim fiz. A montagem EL estava feita, meia dúzia de sardinhas para iscar... ok. Vamos lá tentar (Desta vez não tinha o Ernesto ao lado, que vai falando, vai animando, vai corrigindo)... bem, vamos ver.

- O primeiro pesqueiro foi alcançado por volta das 7h00. O parqueamento em cima do pesqueiro foi rápido !!!... muito rápido mesmo.
Pensei! O peixe anda aí misturado com a água... lebres não devo de apanhar. Estivemos no pesqueiro cerca de uma hora, o peixe comia mal... os ataques eram muito espaçados, bicadas pequenas... decidiram ir dar de comer aos peixes para outro lado.

- Novo pesqueiro... nova esperança... vá de iniciar a acção. O João Maria iniciou a pesca em formato "diversos", o Miguel Caetanito é sempre dessa forma que pesca e desta vez não foi diferente.

- A sardinha ia para baixo agarrada aos anzóis que eram abandonados ao fim de pouco tempo. Regressavam ao convés...polidos, polidos. A teimosia tinha-se apoderado de mim, vá de insistir,.. nas minhas costas o João Maria tirava o 1º de 3 parguetes e eu nada. Passados 15 ou 20 minutos tenho o primeiro ataque de peixe em condições. Era uma luta conhecida, a cana estava toda enrolada, a embraiagem do carreto estava bem afinada e a demonstrar a sua qualidade cumprindo a missão para a qual foi criada, comecei a sentir o meu coração a bater aceleradamente, os olhos postos na ponteira, toda a cana gemia enquanto eu começava a suar, não do esforço mas da adrenalina. O meu parceiro do lado, o Snr.Carlos dizia eh pá esse é grande... tenha calma... não aperte muito com ele.
A luta durou 5 ou 6 minutos, o tempo de percorrer aproximadamente 20 a 25 metros. O "bicho" subia e subitamente levava mais fio, depois voltava a subir, nisto manda uma porrada violenta.... e senti a falta do peso e da luta maravilhosa que me estava a proporcionar.... a adrenalina deu lugar à tristeza. Começaram os pensamentos de análise... "O que é que eu fiz de mal?" Não sei. Olha... mais um que fica para o Ernesto.

- Como tristezas não pagam dívidas... vá de verificar os fios todos. Estava tudo intacto. Nada se tinha partido. Apesar da tristeza de ter perdido o peixe, fiquei contente porque o trabalho de casa tinha sido posto à prova e tinha passado: Empates, ponteira de amortecimento; destorcedores... tudo estava bem. Então o que é que falhou? Qual foi o erro que cometi?
Nesta altura senti a falta do Ernesto. Teria certamente feito a análise correta da situação e eu teria ficado esclarecido,... erro ou azar? Penso ter trabalhado bem o peixe, a embraiagem estava bem afinada!!! estaria?
Soltou-se porque merecia a liberdade depois da luta apresentada? Uma vez que não consegui encontrar outro erro, vou querer acreditar que assim tivesse sido.

- Entretanto nas minhas costas o João Maria tira uma Bica com 2 Kg que se mostra.

- Depois outro ataque na minha cana e sai um Safio com 1 Kg ( Não merecia foto).
Entretanto a sardinha acabou e comecei a iscar com cavala, mas os ataques diminuíram substancialmente.
O pessoal com as montagens para os diversos continuava a tirar safias e choupas a bom ritmo. Olhei para o relógio.. 11h30. Olha vou mudar para os diversos também.

- A aguagem estava incerta, quer em direcção quer em intensidade o que dificultava a acção, mas tinha que tentar, vamos ver com estas montagens como vai ser...pensei.

Decidi iscar com camarão descascado (bocados) e assim que chegava ao fundo... eles lá estavam... ferozes.. e cheios de fome. Comecei a tirar, safias, choupas enfim, ... afinal aquilo  que a montagem se destinava. Nisto a ponteira move-se de forma diferente, inicia-se uma subida com uma batida diferente das que até aí tinham acontecido.... era uma abrótea de dose (300-400gr) sem direito a fotografia como é óbvio
Volta a iscar, vai para baixo, mais uns peixes pequenos e mais um ataque, este forte ( nada como o que descrevi atrás, mas mais forte que o das safias e das choupas. saíu uma abrotea de Kg que se mostra.

- Depois mais um ataque forte, luta conhecida, e .... sobe.....sobe... vi a cor do bicho... era um parguete, perto do kilo, nada de extraordinário, mas..... tão perto e tão longe... desenbarbelou-se mesmo à chegada.

- Nisto nas minhas costas o João tira uma dourada com 1,7Kg que se mostra.

O Miguel Caetanito tinha atingido o peso (10Kg) safias e choupas.

O Mar começou a ficar com a vaga espaçada mas grande, a querer virar as coisas todas que estavam a bordo. Olhei para o relógio.... 14h00. Olhei para o João... vamos embora não... pois pá.... respondeu. Por hoje já chega.

- Vá de arrumar o estojo e iniciar o regresso ao porto.
No regresso pensava; " Se tivesse sardinha as coisas teriam corrido de forma diferente?
Quando estamos com outros pescadores com objectivos de pesca diferentes dos nossos o que devemos fazer? Dedicarmos ao nosso tipo de pesca ou alterar para diversos ? Fiz bem em ter alterado as montagens? Enfim uma data de pensamentos que são mais dúvidas que outra coisa.

Deu pica aquele bicho que fugiu.
Como diria o Nuno Mira "DEU LUTA".

- Como o regresso foi cedo. (18h30) em Évora, ainda deu para fazer uma caldeirada.
Foi o jantar em família a rematar mais uma magnifica jornada de pesca.

Aos companheiros. Obrigado.
Até Breve

terça-feira, 10 de maio de 2011

* * * Windguru com análise errada * * *

Sentia-se um ventinho à chegada à marina de Sines por volta da 7h30, com algumas nuvens mas temperatura amena. Olhei para os barcos atracados e... é pá... o pessoal da MT estava todo em terra, uns dentro dos barcos, outros fora, outros a carregar as coisas já para os carros... mas o que é que se passa? O Mar segundo o Windguru (Penso ser o site que todos consultam) estava com vaga a 1,9 o período da vaga a 10 Segundos e o vento entre os 20 e os 24Km hora. Não sendo um tempo fabuloso para a pesca embarcada... mas o pessoal todo em terra!? Um deles tem um barco de 18 metros e também estava recolhido... no desenrolar deste pensamento confuso, sem nada perceber, aparece o Mestre Edgar; um operador de MT que me cumprimenta e ao meus companheiros (Nuno Mira e João Maria) e começa a esclarecer.

O barco de 18 metros já tinha saído mas voltou. Portanto para ele voltar!! Vejam como está "aquilo" lá fora.
Seguindo-se a justificação de vagas cruzadas, ventos contrários, temporal durante a noite, etc.

- Bom!!!... Pensei, vai ser pescaria de conversa, anedotas...e mais o que for.
Cumprimentamos o Ernesto que entretanto chegou à porta do passadiço, e com aquele sorriso... "bom dia.. pessoal, isto não está famoso, os que saíram está tudo a voltar, mas nós vamos aguardar e ver o que dá.."

Demos então inicio à pesca da maneira de passar o tempo.
Para começar fomos à minha pastelaria favorita em Sines... sabem... aquela dos pastéis de nata !!! Isso mesmo, vá de café e pastel de nata, saboreados na calma do tempo que dispúnhamos e acompanhados por uns litros de conversa debitados pelo João Maria e pelo Nuno Mira umas autenticas máquinas nesta área.

- O Ernesto enquanto tomava o pequeno almoço começou a contar as jornadas de pesca de 5ª e 6ª feira não com a eloquência com que escreve mas deu perfeitamente para entreter os "meninos" por mais algum tempo. Sempre acompanhadas pelas picardias habituais do Nuno e do João, nomeadamente uma encomenda que fizemos quando da feira de pesca em Setúbal de uma cana cor de rosa para o menino Nuno (tudo a brincar é claro). Foi mais um fartote de rir.

É claro que o moço já tinha encomendado uma cana (Personalizada - vejam bem) e o Ernesto tinha-a na mala do carro.Porque se bem se recordam de entradas anteriores neste blog o rapaz vai com 3,5 canas partidas, de forma que o stock tem que ser reposto.

- Depois destes relatos e mais umas asneiras por ali pronunciadas por esta malta amiga, vá de irmos até ao mercado ver se havia cavala fresca (sim porque o Ernesto ainda não tinha perdido a esperança de irmos "ali perto") mas... não. Não havia cavala. Demos uma vista de olhos nos peixes que os profissionais tinham apanhado e vá de uma de turismo até Porto Covo "para ver o estado do mar". O pessoal tinha que se entreter de alguma forma e esta era uma das possíveis.

- Chegada a Porto Covo com aquela viagem lindíssima ao longo daquele pedaço de costa... ai.. que maravilha. Gosto deste turismo. Gosto de ver a Ilha do Pessegueiro, faz-me lembrar Rui Veloso. Gosto do cheiro deste Mar. Gosto destes amigos, gosto de viver esta vida e estes dias de pesca sejam eles com acção efectiva ou virtual.

- Passagem por uma Pastelaria em Porto Covo para o João e o Ernesto tomarem mais uma injecção de cafeína e encontrar um amigo do Ernesto para mais uma meia hora de conversa sobre.. o que é que havia de ser!.. pesca é claro.

- Voltámos então para a marina e para dentro do "Makaira", desta vez para desfrutar da cana do Nuno. Personalizada com a Alcunha (Jamon) e o apelido Mira. O Ernesto esteve a oferecer umas explicações sobre a cana, anzóis, fios, etc. Veio o lanche, e por volta das 15h00 o regresso a Évora, cheios de vontade de voltar, mas para pesca efectiva.

Será que a nossa sorte não vai mudar? O Nuno diz que quer a desforra, eu quero é pescar, nem que seja uma bota velha.. desde que dê luta (lol)

Boas pescas e até à próxima.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Horas extra e 3,5

- Olá pessoal

- Bem vindos a mais uma jornada miserável de pesca embarcada.
Apesar da excelente companhia (a habitual: Ernesto, Nuno Mira, João Maria e eu), os peixes..., ai os peixes...

- Saida por volta das 8h00 (não é por muito madrugar que amanhece mais cedo) à procura de pesqueiros mais fora. Os relatos do Ernesto do dia anterior não eram animadores, mas como sabem, um dia o pesqueiro é bom e no dia seguinte... olha... não deu nada. Pois é!! mas o inverso também é verdade, por isso, casco do barco em cima das ondas (poucas e pequenas) e vamos a eles.

- A festa estava marcada, os dançarinos totalmente disponiveis, mas os músicos!!!! num salão com 80 metros (mais coisa menos coisa), dançava a sardinha, mas os peixes faziam o baile no fundo. Dançavam, tomavam uns aperitivos, mas dançar no salão da popa!!! nada.

Apenas alguns criados de mesa (bogas e mais bogas), um safio merdoso, uma ou duas lixas, e uma boa dourada do Nuno que se mostra (Foto) mas magrinha.

- Não tivemos outro remédio que não fosse, procurar novo salão de baile.
O Ernesto levou-nos então para um mais próximo de terra,  mas... porra, os músicos eram os mesmos, e por isso o baile decorreu de forma idêntica.

- Entrou um parguete recebido a bordo do Makaira pelo João Maria,


 um safio de 2,?? recebido pelo Nuno e um sargo de 2 doses que não tiveram direito a foto
e mais uns peixes dignos (com todo o respeito) de MT.

- Depois a risada da jornada, quando o menino Mira decidiu descrever a técnica aplicada para tirar o safio,mas.... é pá... já era demais, muito trabalho, pouco peixe e.... MELGAS a bordo.... NÃO disse eu.
Não estou interessado em ouvir esse teu relato. Risos (João e Ernesto), entretanto aparece na cana do Ernesto emprestada ao Nuno a ponteira meio partida. Mais uma onda de boa disposição e comentários variados (3 canas já partidas este ano + 1 ponteira=3,5 canas partidas) que me estou a suster de vos contar, mas... foi engraçado.

- Como o trabalho não tinha sido produtivo, vá de fazer horas extra, na tentativa de salvar a honra do convento, mas... nada. Definitivamente não havia nada a fazer.

- Na pesca não há certezas, não há lógica (penso eu), há isso sim, vontade de pescar, conhecimentos que foram adquiridos e que tentamos aplicar à situação presente, umas vezes corre bem outras nem por isso.

- Foi isso que se passou dia 16-04-2011.

Trabalhámos até perto das 18h00, chegar ao porto e arrumar as coisas mais uma paragem técnica numa pastelaria ao pé do mercado de Sines para beber um café (tem uns pasteis de nata fabulosos), saída para Évora às 19h30 e chegada a casa 22h??.

- Um regresso em harmonia, com as geleiras cheias de gelo e aroma a peixe (talvez de outras jornadas), com o corpo cansado mas, com a cabeça limpa e arejada.

A todos os companheiros da jornada o meu bem hajam.

- Até à próxima

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sardinha e mais Sardinha

- Foi assim dia 19 de Março de 2011, em dia do Pai com os companheiros Ernesto Lima, Nuno Mira e João Maria.

- O último dia de pesca tinha sido 16 de Janeiro, o pessoal (à excepção do Ernesto) estávamos com um desejo enorme de dar banho à sardinha.

- O dia estava fabuloso, o Sol a brilhar, o Mar calmo, isca com fartura... pessoal!!, vamos a eles?



- Os ladrões de sardinha, foram alimentados durante 8 ou 9 horas (14 Quilos), pode parecer um exagero, pode parecer mentira,...mas foi assim meus amigos.

Bastava a isca chegar ao fundo e .... já estava ... anzóis limpos... vá de puxar, vá de iscar novamente ... enfim, trabalho, trabalho e mais trabalho, e como eu gosto deste trabalho, feito em companhia de malta amiga, com aquelas "bocas", aquela picardia ao longo da jornada, enfim, podemos dizer que é a cereja no topo do bolo.

- Estreei-me com o multi filamento, tenho sido um resistente à utilização deste fio, mas realmente... senti melhor o peixe, ou melhor, senti melhor o peixe a roubar o isco, porque as capturas...

- Vou aprendendo, tento apreender os ensinamentos do Ernesto que sabe disto até dizer chega. Mas sabem!! não é coisa que seja fácil, pois cada pormenor faz a diferença. Quando se vê as fotografias de peixe grande, e tão frequentemente, não é por acaso,... é saber, é persistência, é dedicação, é saber mudar, é saber alterar, enfim... é saber.

- Saber também foi o que se passou mais uma vez com o Nuno Mira, que voltou a partir uma cana.
O rapaz está com azar, ou então as canas não prestam. Enfim, são coisas que acontecem, só espero que não me aconteça a mim.

Mesmo assim conseguiu tirar o "Serrajão" que se mostra (com uma cana intacta..é claro)
O "bicho" a rondar os 2Kg que "deu luta"... dizia o Nuno às 20h00, quase a chegar a casa,.. tendo repetido a mesma frase ou outras muito parecidas ao longo de todo o dia.

- O Ernesto, como sempre, ensina, ajuda, mas ainda consegue ficar com tempo para efectuar a captura que se mostra

E mais esta



O João Maria também deu um ar da sua graça com este Sargo Veado ou Saima como quiserem

- O resto foi tudo capturas de peixe de "Dose", 2 pargos, 1 dourada, 2 polvos, choupas azuis e uns Sargos.

- Após um Fevereiro complicado, quer devido ao estado do Mar, quer por acontecimentos na minha vida pessoal, este dia foi para limpar a "cabeça".

  Obrigado amigos e até à próxima.





quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

* * * Pesca com Malta Amiga * * *

Dia 16-01-2011 foi para mim a 1ª jornada deste Ano. Como sempre com malta amiga; Nuno Mira; João Maria e Ernesto Lima.
- A ideia era apanhar umas Douradas... seria que ainda por lá andavam? E os Pargos... estariam por lá dispostos a comer?....Seria?....Não seria!!!.. tínhamos informação que uns amigos, em dias anteriores (Quinta, Sexta e Sábado) tinham feito capturas dignas de registo. A esperança aumentava....seria assim também nesse dia?

Chegados ao pesqueiro e com um "parqueamento" irrepreensivel efectuado pelo amigo Ernesto (outra coisa não seria de esperar), a sonda acusava peixe para "cavar".

Canas já montadas, iscadas com caranguejo num anzol e sardinha noutro,... pescas para baixo e os ataques foram imediatos e sucessivos.... eram bons sinais, a "fé" estava em alta, os peixes em baixo...por isso...

- Como estávamos entre Malta amiga, ouve quem fizesse a comemoração com "flatulência". Comemoravam o quê?.... Não sei.... as capturas não, porque não havia ainda nada a registar...Comemoravam a amizade?... estranha forma!!!! mas comemoravam;... o pessoal ria (estas coisas sabem como é... dá sempre para rir). O que interessava era que a boa disposição reinava a bordo.

- Ao fim de uma hora, mais coisa menos coisa o Ernesto tirou a primeira Dourada, a que se mostra na foto.

- Mais uma lufada de ar impregnado de boa disposição.

As capturas foram sempre tímidas e irregulares.
O Nuno apanhou duas Douradas como se mostra, mas eu e o João Maria...NADA.



- O peixe continuava a devorar o isco, e isto ao longo de todo o dia, mas capturas...poucas.
Foi uma jornada para treinar a iscagem, porque além do Ernesto (Que apanhou quase a totalidade do Peixe 6 Douradas; 5 Pargos; algumas Safias e Choupas de bom tamanho) 
todos nós temos ainda muito que aprender.

- O Ernesto é um AMIGO impagável (se é que a amizade se pode pagar), porque está permanentemente a mostrar como se faz, como não se deve fazer, como melhorar...iscar de outra forma,...etc, é... só visto.

- Aprendi?....Não sei... para a próxima se verá se a coisa melhorou.

Foi mais uma magnifica e flatulenta jornada de pesca com MALTA AMIGA.

Com um abraço para todos
Boas Pescas
TóZe