segunda-feira, 30 de maio de 2011

* * * Pensar a Pesca * * *

Olá pessoal

- Dia 28 de Maio, efectuei uma saída à pesca com o mestre Vitor.Os cumprimentos da chegada e a  apresentação do futuro mestre do barco, o Snr.Carlos. O Vitor é o Comandante de um iate de recreio, e parece que o novo dono, apesar dos seus 8x anos, gosta muito de passear, por isso o Vitor vai ter que cumprir este verão em pleno a função para a qual foi contratado. O que o levou a ter que arranjar alguém capaz de assegurar as saídas de pesca no Delfins.

- Bom, mas isto são pormenores dignos da revista "Caras" ou outra do género e nada tem a ver com a essência da pesca.

- Desta vez a nossa equipa foi um pouco alterada, o Nuno Mira devido a compromissos familiares trocou com o Miguel Caetanito (já não ia com ele à pesca à algum tempo). Ficámos assim privados do nosso fotografo Presunto ( Alcunha do Nuno Mira).

- A saída para o mar foi para lá do cedo, foi cedíssimo.. 6h00. Aproveitei o tempo de deslocação até ao pesqueiro, para ir montando a cana, ao mesmo tempo que pensava... faço pesca aos "diversos"... não faço..!!! a sardinha é pouca.... é pá... vou pescar com a técnica EL até às 12h00, ou até acabar a sardinha, e depois logo vejo. Assim pensei e assim fiz. A montagem EL estava feita, meia dúzia de sardinhas para iscar... ok. Vamos lá tentar (Desta vez não tinha o Ernesto ao lado, que vai falando, vai animando, vai corrigindo)... bem, vamos ver.

- O primeiro pesqueiro foi alcançado por volta das 7h00. O parqueamento em cima do pesqueiro foi rápido !!!... muito rápido mesmo.
Pensei! O peixe anda aí misturado com a água... lebres não devo de apanhar. Estivemos no pesqueiro cerca de uma hora, o peixe comia mal... os ataques eram muito espaçados, bicadas pequenas... decidiram ir dar de comer aos peixes para outro lado.

- Novo pesqueiro... nova esperança... vá de iniciar a acção. O João Maria iniciou a pesca em formato "diversos", o Miguel Caetanito é sempre dessa forma que pesca e desta vez não foi diferente.

- A sardinha ia para baixo agarrada aos anzóis que eram abandonados ao fim de pouco tempo. Regressavam ao convés...polidos, polidos. A teimosia tinha-se apoderado de mim, vá de insistir,.. nas minhas costas o João Maria tirava o 1º de 3 parguetes e eu nada. Passados 15 ou 20 minutos tenho o primeiro ataque de peixe em condições. Era uma luta conhecida, a cana estava toda enrolada, a embraiagem do carreto estava bem afinada e a demonstrar a sua qualidade cumprindo a missão para a qual foi criada, comecei a sentir o meu coração a bater aceleradamente, os olhos postos na ponteira, toda a cana gemia enquanto eu começava a suar, não do esforço mas da adrenalina. O meu parceiro do lado, o Snr.Carlos dizia eh pá esse é grande... tenha calma... não aperte muito com ele.
A luta durou 5 ou 6 minutos, o tempo de percorrer aproximadamente 20 a 25 metros. O "bicho" subia e subitamente levava mais fio, depois voltava a subir, nisto manda uma porrada violenta.... e senti a falta do peso e da luta maravilhosa que me estava a proporcionar.... a adrenalina deu lugar à tristeza. Começaram os pensamentos de análise... "O que é que eu fiz de mal?" Não sei. Olha... mais um que fica para o Ernesto.

- Como tristezas não pagam dívidas... vá de verificar os fios todos. Estava tudo intacto. Nada se tinha partido. Apesar da tristeza de ter perdido o peixe, fiquei contente porque o trabalho de casa tinha sido posto à prova e tinha passado: Empates, ponteira de amortecimento; destorcedores... tudo estava bem. Então o que é que falhou? Qual foi o erro que cometi?
Nesta altura senti a falta do Ernesto. Teria certamente feito a análise correta da situação e eu teria ficado esclarecido,... erro ou azar? Penso ter trabalhado bem o peixe, a embraiagem estava bem afinada!!! estaria?
Soltou-se porque merecia a liberdade depois da luta apresentada? Uma vez que não consegui encontrar outro erro, vou querer acreditar que assim tivesse sido.

- Entretanto nas minhas costas o João Maria tira uma Bica com 2 Kg que se mostra.

- Depois outro ataque na minha cana e sai um Safio com 1 Kg ( Não merecia foto).
Entretanto a sardinha acabou e comecei a iscar com cavala, mas os ataques diminuíram substancialmente.
O pessoal com as montagens para os diversos continuava a tirar safias e choupas a bom ritmo. Olhei para o relógio.. 11h30. Olha vou mudar para os diversos também.

- A aguagem estava incerta, quer em direcção quer em intensidade o que dificultava a acção, mas tinha que tentar, vamos ver com estas montagens como vai ser...pensei.

Decidi iscar com camarão descascado (bocados) e assim que chegava ao fundo... eles lá estavam... ferozes.. e cheios de fome. Comecei a tirar, safias, choupas enfim, ... afinal aquilo  que a montagem se destinava. Nisto a ponteira move-se de forma diferente, inicia-se uma subida com uma batida diferente das que até aí tinham acontecido.... era uma abrótea de dose (300-400gr) sem direito a fotografia como é óbvio
Volta a iscar, vai para baixo, mais uns peixes pequenos e mais um ataque, este forte ( nada como o que descrevi atrás, mas mais forte que o das safias e das choupas. saíu uma abrotea de Kg que se mostra.

- Depois mais um ataque forte, luta conhecida, e .... sobe.....sobe... vi a cor do bicho... era um parguete, perto do kilo, nada de extraordinário, mas..... tão perto e tão longe... desenbarbelou-se mesmo à chegada.

- Nisto nas minhas costas o João tira uma dourada com 1,7Kg que se mostra.

O Miguel Caetanito tinha atingido o peso (10Kg) safias e choupas.

O Mar começou a ficar com a vaga espaçada mas grande, a querer virar as coisas todas que estavam a bordo. Olhei para o relógio.... 14h00. Olhei para o João... vamos embora não... pois pá.... respondeu. Por hoje já chega.

- Vá de arrumar o estojo e iniciar o regresso ao porto.
No regresso pensava; " Se tivesse sardinha as coisas teriam corrido de forma diferente?
Quando estamos com outros pescadores com objectivos de pesca diferentes dos nossos o que devemos fazer? Dedicarmos ao nosso tipo de pesca ou alterar para diversos ? Fiz bem em ter alterado as montagens? Enfim uma data de pensamentos que são mais dúvidas que outra coisa.

Deu pica aquele bicho que fugiu.
Como diria o Nuno Mira "DEU LUTA".

- Como o regresso foi cedo. (18h30) em Évora, ainda deu para fazer uma caldeirada.
Foi o jantar em família a rematar mais uma magnifica jornada de pesca.

Aos companheiros. Obrigado.
Até Breve

terça-feira, 10 de maio de 2011

* * * Windguru com análise errada * * *

Sentia-se um ventinho à chegada à marina de Sines por volta da 7h30, com algumas nuvens mas temperatura amena. Olhei para os barcos atracados e... é pá... o pessoal da MT estava todo em terra, uns dentro dos barcos, outros fora, outros a carregar as coisas já para os carros... mas o que é que se passa? O Mar segundo o Windguru (Penso ser o site que todos consultam) estava com vaga a 1,9 o período da vaga a 10 Segundos e o vento entre os 20 e os 24Km hora. Não sendo um tempo fabuloso para a pesca embarcada... mas o pessoal todo em terra!? Um deles tem um barco de 18 metros e também estava recolhido... no desenrolar deste pensamento confuso, sem nada perceber, aparece o Mestre Edgar; um operador de MT que me cumprimenta e ao meus companheiros (Nuno Mira e João Maria) e começa a esclarecer.

O barco de 18 metros já tinha saído mas voltou. Portanto para ele voltar!! Vejam como está "aquilo" lá fora.
Seguindo-se a justificação de vagas cruzadas, ventos contrários, temporal durante a noite, etc.

- Bom!!!... Pensei, vai ser pescaria de conversa, anedotas...e mais o que for.
Cumprimentamos o Ernesto que entretanto chegou à porta do passadiço, e com aquele sorriso... "bom dia.. pessoal, isto não está famoso, os que saíram está tudo a voltar, mas nós vamos aguardar e ver o que dá.."

Demos então inicio à pesca da maneira de passar o tempo.
Para começar fomos à minha pastelaria favorita em Sines... sabem... aquela dos pastéis de nata !!! Isso mesmo, vá de café e pastel de nata, saboreados na calma do tempo que dispúnhamos e acompanhados por uns litros de conversa debitados pelo João Maria e pelo Nuno Mira umas autenticas máquinas nesta área.

- O Ernesto enquanto tomava o pequeno almoço começou a contar as jornadas de pesca de 5ª e 6ª feira não com a eloquência com que escreve mas deu perfeitamente para entreter os "meninos" por mais algum tempo. Sempre acompanhadas pelas picardias habituais do Nuno e do João, nomeadamente uma encomenda que fizemos quando da feira de pesca em Setúbal de uma cana cor de rosa para o menino Nuno (tudo a brincar é claro). Foi mais um fartote de rir.

É claro que o moço já tinha encomendado uma cana (Personalizada - vejam bem) e o Ernesto tinha-a na mala do carro.Porque se bem se recordam de entradas anteriores neste blog o rapaz vai com 3,5 canas partidas, de forma que o stock tem que ser reposto.

- Depois destes relatos e mais umas asneiras por ali pronunciadas por esta malta amiga, vá de irmos até ao mercado ver se havia cavala fresca (sim porque o Ernesto ainda não tinha perdido a esperança de irmos "ali perto") mas... não. Não havia cavala. Demos uma vista de olhos nos peixes que os profissionais tinham apanhado e vá de uma de turismo até Porto Covo "para ver o estado do mar". O pessoal tinha que se entreter de alguma forma e esta era uma das possíveis.

- Chegada a Porto Covo com aquela viagem lindíssima ao longo daquele pedaço de costa... ai.. que maravilha. Gosto deste turismo. Gosto de ver a Ilha do Pessegueiro, faz-me lembrar Rui Veloso. Gosto do cheiro deste Mar. Gosto destes amigos, gosto de viver esta vida e estes dias de pesca sejam eles com acção efectiva ou virtual.

- Passagem por uma Pastelaria em Porto Covo para o João e o Ernesto tomarem mais uma injecção de cafeína e encontrar um amigo do Ernesto para mais uma meia hora de conversa sobre.. o que é que havia de ser!.. pesca é claro.

- Voltámos então para a marina e para dentro do "Makaira", desta vez para desfrutar da cana do Nuno. Personalizada com a Alcunha (Jamon) e o apelido Mira. O Ernesto esteve a oferecer umas explicações sobre a cana, anzóis, fios, etc. Veio o lanche, e por volta das 15h00 o regresso a Évora, cheios de vontade de voltar, mas para pesca efectiva.

Será que a nossa sorte não vai mudar? O Nuno diz que quer a desforra, eu quero é pescar, nem que seja uma bota velha.. desde que dê luta (lol)

Boas pescas e até à próxima.