quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

* Dois meses quase em jejum *

- Após 2 meses sem escrever nada, achei que neste Dezembro algo devia ser dito.
Primeiro porque se aproxima o Natal, e quem passa pelo blogue (mesmo que de vez em quando e sem comentar) merece as boas festas. Não estive doente, nem estou, mas as duas últimas saídas devido à não captura de peixe, não me deixaram com vontade para escrever.

- A primeira a 1 de Novembro sem qualquer captura e com o "Makaira" a meter umas férias numa mudança de pesqueiro... começou a faltar-lhe as forças e acabou mesmo por "desmaiar". Coisas que acontecem. Valeu todo o pessoal amigo do Ernesto que nesta altura disse presente. Pela minha parte o meu OBRIGADO a todos. Quem estiver curioso e se ainda não souber, pode ir ao blogue do Ernesto e tem lá o relato adequado à situação.

- A segunda saída realizou-se já este mês (2 de Dezembro), também sem capturas de registo.
Boas marcações na sonda, peixe a roubar a isca, mas capturas, apenas um parguete, alguns carapaus e duas safias. Nada a merecer foto.

Mas a pesca é isto... umas vezes SIM outras vezes nim... Quem tenta só apanhar peixe grande, por vezes apanha "grade".

- Aos companheiros de sempre os meus agradecimentos na mesma. Temos mais jornadas em 2013 e as Douradas já aparecem (em  Milfontes parece que a coisa está a correr bem).

Por este ano é tudo.


A todos os amigos Um Santo e Feliz Natal e um 2013 cheio de capturas.
São os votos do vosso amigo

Tó Zé.



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

* Pesca no Arrife *

Vila Nova de Milfontes é um destino colossal para a pesca desportiva. Dizem.
Tem para lá uma zona de pesca, com uma área considerável, a que chamam " Arrife". É considerada pelos entendidos como: "A Meca dos Pargos" ou será antes " A Meca dos pescadores de Pargos"? Será apenas uma mera questão da língua complicada que é o Português.

- Realmente, se fizermos uma pesquisa na Internet, facilmente conseguimos ver os mágnificos exemplares capturados na zona.
No dia a que se refere este meu relato, (2012/10/05) houve um convívio de pesca do pessoal da chumbadinha. Posso-vos dizer que o maior exemplar pesava 8Kg. É bom não é?

- Sabendo disto, o meu amigo Nuno Mira, deu "umas voltas", não sei bem quais, e conseguiu arranjar uma jornada de pesca para o ultimo 5 de Outubro comemorado em Portugal.

Como a embarcação comporta 6 Pescadores (para este tipo de pesca), alem dos outros amigos do Nuno (O cebola, o Luís Mira e o Cosme) foram também convidados a participar, o João Maria e Eu.

- Está bem. Porque não!? Respondi eu ao convite. As duas vezes que fui a Milfontes (JigII), a pesca não correu nada de especial, mas está bem.

- Levantar para cima de cedo. Com a hora de embarque marcada para as 6h30m. Tinha-mos que contar com 2h30m de caminho, mais o tempo de reunir o pessoal....percebi que era uma noite daquelas a que chamo de peixe frito... a cama é a farinha. Uma volta para um lado, outra volta para o outro e está pronto.

- Dos 6 companheiros, 3 deles nunca tinha visto, mas fiquei com boa opinião. Bem, vamos mas é ao que interessa... afinal como correu a pesca? Para mim!? Correu como das outras vezes.

- O "Arrife", é uma zona enorme, ficando a zona Norte do pesqueiro, a mais ou menos 9 milhas do Porto de Milfontes. Por isso o mestre Rui Santos, não levou mais de meia hora a colocar a embarcação "Vertical" no sítio por ele escolhido.

Fundura do pesqueiro: 110metros. Aguagem com fartura. Reparei nisso ainda o barco estava a ser fundeado.

- Levava por empréstimo, uma cana "Hiro" de 3,30m, (pertença do Nuno) para experimentar, porque a cana com que habitualmente costumo pescar é mais curta (2,70m) e muito macia.
Essa característica, dificulta as ferragens, bem como o domínio de peixes acima dos 3Kg.
Como o pesqueiro é famoso pelos exemplares de dimensões mais robustas, pensei que talvez não fosse má ideia solicitar o empréstimo deste equipamento.

Iniciámos a acção de pesca, com a confirmação da forte aguagem, mas passado pouco tempo, fui contemplado com um Besugo e um Carapau.
Reparei imediatamente que a cana só tinha diferença da minha o tamanho e nada mais.
Tive consciência que se algum peixe de dimensão superior lá caísse, o problema que iria ter, seria o mesmo. Podia imediatamente ter ido trocar pela minha, mas com o Barco com 8 pessoas, o poço completamente povoado de arcas, baldes, estojos de pesca, caixas e sacos com isco, e também por comodidade (verdade seja dita) deixei-me estar. Penso que este facto em nada contribuiu para efectuar mais ou menos capturas.

- Foram entrando uns Carapaus e uns Besugos, mas com um ritmo espaçado. Nisto o meu companheiro da direita (O Cebola) agarrou um pargo (rondava os 2Kg) que se mostra


A coisa está a compor-se (pensava eu). Os ataques foram-se sucedendo, com mais ou menos intensidade. A aguagem também era incerta, quer em intensidade quer em direcção.
Com a localização que tinha no barco (ver figura)









Está bom de ver o que se passou. Devo de ter estado mais de 3 horas enleado. O único companheiro com que não fui contemplado, foi com o Marinheiro António.

- Não estou a atribuir culpas a ninguém, porque com aguagens que agora estão a correr para Sul, passados 5 minutos para SSE, depois para Oeste.... e depois para.... penso que é muito difícil controlar a situação.

- Após 2 horas no primeiro pesqueiro, e com uma inactividade a passar a meia hora, foi tempo do Mestre Rui Santos mudar o poiso para uma localização de apx. 3 milhas para Sul.
Este pesqueiro era um pouco menos fundo (97m) mas com as mesmas condições de aguagem, também por isso com as mesmas condições de enleios.

O peixe um pouco mais activo, permitindo a captura de 2 ou 3 pargos.
O do Luís Mira..
                                                  E uns Safios. O do Cosme de 12 Kg


                                             e o meu de 6,8Kg .. tirada tardiamente..



A Equipa da Jornada (Falta o João e o Nuno Mira -fotografo)


Agora com o pessoal todo

Entraram  5 Pargos ao todo (tamanho muito equivalente) com o Luís Mira a deixar fugir o maior mesmo à "abalada"... são ossos do oficio.

Os dois Pargos do Cebola foram tirados com camarão ( os outros não sei), não será este um isco a considerar também?

- Foi uma pesca diferente da habitual, Deu para ficar com os músculos todos moídos (aquele safio ía acabando comigo), mas continuo sem achar o que procuro; um Pargo, digno do nome. Será que alguma vez vai acontecer? Espero bem que sim. Eu trabalho com muita dedicação para isso.

Até lá...

Boas Pescas

TóZé

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

* Pesqueiro Diversificado *

- Dia 22/09/2012 tivemos mais uma magnifica jornada de pesca a bordo do "Makaira" e com a equipa reposta; " Ernesto Lima, Nuno Mira, João Maria e Eu".

- Com a acção de pesca a iniciar-se por volta das 9h00 e sem pressas, num pesqueiro a rondar os 30 metros e com uma marcação muito agradável na sonda. O Mar estava calmo, com uma ligeira brisa vinda de Sul.

- Foi neste ambiente magnifico que decorreu o nosso dia.

- Os ataques às iscas começaram quase de imediato; primeiro muito suavemente, depois com mais voracidade, como se não houvesse amanhã. Depois voltavam a parar (às vezes por longo período de tempo), mas os peixes iam entrando na "nossa" arca, que lentamente  ficava decorada com uma cor vermelha, aqui e ali uns tons cinza escuro, outros de cinza claro.

- Foi o pesqueiro até hoje que desfrutei, com mais variedade de peixe:

     Os Capturados:
     - Pargos
     - Dourada
     - Robalo
     - Sargos Legítimos
     - Sargo Veado
     - Viuva
     - Carapaus

     Os libertados
      - Garoupa da Rocha
      - Polvo (não tinha a medida)
      - Rascasso (pequeno)
      - Cavalas (2 para iscar)
      - Safios (Pequenos)
      - Bogas

Os peixes foram entrando lentamente. Seguem as fotos dos maiores exemplares, mas sem qualquer ordem cronológica (não me lembro). Sei que o Ernesto recusou a foto com um pargo que rondava os 2 Kg (só já tira fotos com peixe acima dos 3 Kg).

                                                       O Nuno e o seu "parguete"


                                            O Tóze apresenta mais um vermelhinho

                                                     O Nuno e o seu Robalinho


                                                     O Sargo Veado do João (3,xxxKg)

- Segue uma foto do resumo da jornada.

- Ficou a faltar os "Besugos" (não se pode ter tudo).
Por volta da 16h00, o vento Sw anunciado no WindGuro chegou, deixando o Mar em estado de nos dificultar a acção de pesca.

- Estava por isso chegada a hora do regresso, ficando dada por terminada a jornada.
Para a próxima há mais. Será?

Boas Pescas
Tóze

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

* Dia de Pesca Dia de Alegria *

- É verdade. Cada dia de pesca é sempre um dia de alegria e o último foi dia 25/08/2012.
Desta vez com a equipa habitual desfalcada da presença do Nuno Mira, justificada pelo cumprimento de férias com a família.

Escusado será dizer que as "picardias" que se passam constantemente entre ele e o João Maria não existiram o que tornou o dia menos divertido. Foi tudo mais à séria.

- Quanto à pesca própriamente dita... continuámos sem atingir o objectivo... um peixe em condições.

No primeiro pesqueiro, e no meu primeiro lançamento, mal a chumbada tocou o fundo, senti logo sinal de peixe. Tentei ferrar... oh... estava presa no fundo. O meu amigo Ernesto, vá de deitar mãos ao fio... já se soltou, mas acho que tens peixe!!! Disse. Vá de puxar.

- Como sabem, conseguimos (quase sempre) perceber o tipo de peixe que temos ferrado, mas este estava muito confuso... não conseguia perceber..., é esperar mais um bocado e já se vê (pensei). O que era? Era um polvo e um parguete. Nada mau para 2 minutos de pesca.

Depois o habitual... com roubos sucessivos da isca, e a entrada de 5 ou 6 parguetes até ao meio dia. Nenhum deles a merecer foto.

O fundo onde estávamos poitados era pedra, e bastante irregular por sinal. Desta forma, provocou a perda de algumas 6 ou 7 chumbadas (só para o meu lado).

- Era hora de mudar de sitio, uma vez que os peixes tinham deixado de atacar a isca e o "Makaira" (devido ao vento irregular) não parava de dançar o que estava a tornar a acção de pesca bastante difícil.

- O segundo pesqueiro, embora com uma marcação na sonda mais ou menos, não resultou em qualquer captura e as iscas subiam quase como tinham descido.

- Nova mudança para outro pesqueiro bem próximo de terra. Local onde iríamos permanecer até ao fim da jornada, e com a captura de mais meia dúzia de parguetes.

- O fim da tarde já se estava a aproximar. A geleira contava com 12 Parguetes, 1 Safia e uma Choupa de dimensões generosas, 3 carapaus e umas cavalas (o João gosta).

Era hora de dar por finda a nossa jornada, e iniciar o regresso à Marina.

O Mar continua carregado de caranguejo. Será que é isso que nos está a impedir de efectuar capturas dignas de registo?

Continuamos à espera de melhores dias.

Até à próxima.

Tó Zé.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

* Rir foi o melhor Remédio *

- Dia 28 de Julho foi dia de mais uma jornada de Pesca com malta amiga.
Ernesto, Eu, o João Maria e o Nuno Mira.

- A Jornada teve inicio com uma chegada a Sines um pouco diferente do habitual. As ruas estavam cheias de pessoal jovem que ainda não se tinha levantado naquele dia.
Muitos a transbordarem de alegria alcoólica por todo o lado... percebemos que a nossa hora de chegada, estava a coincidir com a hora de inicio de ressaca deles. A praia Vasco da Gama tinha bem mais de 200 resistentes, que continuavam a dançar ao som de uma música...nem sei bem qual... mas que ainda mexiam, mexiam.

São fazes da vida, que certamente todos nós já também passámos. Hoje a situação é bem diferente,... os anos estão a depositar-se nas pernas, na barriga.... enfim em todo o lado. Hoje uma noite perdida, dá direito a 2 dias com o motor desafinado. Claro que falo por mim.

- Passemos à frente, porque não estou aqui para falar de animações que não sejam as de pesca.

Com uma saída por volta da 8h em direcção a Sul e não para muito longe, com o fundeio em pormenor como é hábito começou então a actividade.

O Snr. João Maria iniciou com umas quadras, a seguir o Ernesto respondeu com outras, depois novamente o João Maria... é pá... foi rir até não poder mais. Depois mais anedotas.... enfim... momentos bem passados entre pessoal amigo e que até gosta de pescar.

- Os peixes também iniciaram de imediato o beliscar das iscas, que foi aumentando lentamente de intensidade até aparecer o primeiro parguete a bordo (sem direito a fotografia), tendo sido acompanhado no tempo por mais umas bogas e umas cavalas .... e depois mais um parguete que se mostra

E depois como que por magia.... o peixe perdeu o interesse pelo isco.

- Com este comportamento, o Makaira só podia mudar de sítio. Pela mão do Ernesto, foi procurar novo pesqueiro (que viria a ser o nosso quartel general até ao fim da jornada).

Neste novo local o comportamento foi talvez um pouco mais intenso (com bastante mais cavalas que o anterior), e rendendo o maior exemplar da jornada ao João Maria, um parguinho a rondar os 2Kg, que se mostra.


A jornada saldou-se por 10 parguetes, 2 polvos (1 pequeno e outro a rondar os 3,xxKg), 1 safio de 3,xKg (João Maria) e uma Moreia.

- A moreia abandonou o reino de Neptuno ao ser seduzida pela iscada do Ernesto. É um bicho muito perigoso como sabem. Não sei bem o peso, (Talvez 3Kg), mas quando o Ernesto a ia a meter no balde ou a tirar o anzol, não sei bem (estava de costas), num movimento muito rápido o animal mordeu-lhe um dedo,
deixando as marcas em 4 sítios e um deles , um pouco mais profundo.

- Valeu o material de primeiros socorros existente a bordo, bem como uma luva (latex?), que permitiu estancar o sangue, desinfectar a ferida, colocar um penso e continuar a jornada, com a luva calçada, é claro, para minimizar a possibilidade das feridas infectarem.

Dos acidentes devemos sempre tentar tirar alguma aprendizagem. Vejam como um homem que fez caça submarina durante muitos anos, com n moreias já capturadas,  com conhecimentos profundos do que é a pesca e os seu perigos.... na mínima distracção... leva uma dentada.

O bicho ao ter ficado no poço do barco, parecia um cão, uma cobra, eu sei lá.... toda levantada.... a querer comer o pessoal todo.... é mesmo perigoso podem crer.

- Não fora este acidente do Ernesto, tudo tinha sido perfeito.... rir até mais não poder, alguns peixes capturados, que embora não tivessem o tamanho que procurávamos, dava para o gasto,... e a companhia dos amigos.

Sou um privilegiado.
Obrigado pessoal
Até Breve (podem crer)
TóZé

segunda-feira, 25 de junho de 2012

* * * Pesca Diversos * * *

Olá pessoal

- Tinha-mos agendado a nossa saída com o nosso amigo Ernesto Lima para dia 23/06/2012, mas com a salvaguarda de uns afazeres pessoais (do Ernesto) que poderiam alterar as coisas de forma impeditiva, e foi o que viria a acontecer.

- Devido também a afazeres meus durante a última semana de Junho e durante quase todo o mês de Julho (Vamos ver se é assim  ou não) e a obrigações sociais do João Maria, a pesca para os meses de Junho e Julho estavam comprometidas

Uma vez que não podia sair com o Ernesto (com muita pena minha), a terra era o destino mais provável, a não ser que... se descobrisse uma outra alternativa.

- O João fez uma chamada para o Vitor, ficando assim garantida a saída no "Delfins".

- Pensei...Hummm... "Delfins"?!!!!... é pesca de diversos. Mas mais vale uma pesca dessas do que ficar em terra! Ou não?

- Nesta jornada deparei-me com  com uma questão?

"Como é que uns indivíduos, só por estarem em acção de pesca numa embarcação diferente mudam o seu comportamento (em pesca) ?". Será porque numas pagam e noutras não!?

Senão vejamos:

- A pesca que praticamos a bordo do "Makaira" (as vezes que saí com o Ernesto foi sempre assim) é uma pesca sofrida, é uma pesca de paciência, de insistência... enfim.... de crer.
Tem um objectivo; capturar Pargos e ou Douradas de tamanhos agradáveis.
É claro que aparecem uns (Sargos legítimos, ou uns Sargos Veado (Saima) que também são bem aparecidos, os Safios também são intervenientes assíduos.
Aqueles peixes de tamanhos consideráveis que aparecem nos blogs, são fruto de muito trabalho e não de obra do acaso. Têm sempre (ou quase sempre) muito trabalho.

- Nesta acção de pesca o isco normalmente utilizado é a sardinha, embora o camarão e a cavala não sejam deixados de lado completamente.

- Como o João tinha sugerido; "primeiro os diversos e depois logo se muda". Disse-lhe, " Se queres assim, assim seja, mas não te esqueças que temos de mudar todos ao mesmo tempo, porque um a pescar com uns objectivos e os outros com outros, os resultados não são os mesmo." (É a opinião que tenho - embora possa estar errada).

- Como iniciámos com diversos ( eu não tinha nenhuma baixada preparada para isso, pois não tinha intenção de fazer esse tipo de pesca) o João teve que me emprestar o material necessário à captura desse tipo de peixe.
Mantive-me neste "formato" até às 10h30. Tinha capturado umas safias, umas choupas, carapaus, cavalas (é isto os diversos), mas era demais, não me estava a dar prazer... perguntei ao João (Tinha ficado encarregue dos iscos); "Trouxeste sardinhas?" Sim. Estão ali 2 sacos. Então manda para aqui algumas, para acabarem de descongelar, enquanto eu troco a baixada.

- Os companheiros também acompanharam na troca, mas ao fim de 10 ou 15 minutos.... estavam a desistir... o peixe  não atacava a isca. Por isso trocaram para "diversos".

As minhas iscas apareciam ligeiramente "ratadas", por isso continuei a insistir (teimosias).
Os ataques começaram a ser mais frequentes e com maior intensidade... pensei... estás no bom caminho.... a uma determinada altura, era mal tocava no fundo.... até que.... Ahhh... aí está o que procurava.... subiu alguns metros e soltou-se. Bem... fiquei satisfeito. Os peixes estavam no pesqueiro. Era continuar a trabalhar e os resultados iam aparecer (pensava eu).

- "João... dá-me mais sardinhas, estas já foram". Deu-me 2. "Dá-me mais, pá... isto não chega para nada...". Não há mais sardinhas respondeu. "Não HÁ mais?!!!. Só comprei 2 Kilos.
- Gastei aquelas 2 e comecei a iscar com cavala (umas que tinha apanhado). Mas cavala é cavala. Até é um bom isco, mas aqueles meus amigos estavam virados para a sardinha... e cavala!!! Não obrigado...foi a resposta que percebi ao deixarem de atacar a isca.

Bem.. então camarão inteiro.... ná..... não estavam também interessados.
Só me resta um caminho, voltar aos diversos. E foi o que fiz.

- Muda baixada, isca com camarão descascado..... duas ou três safias, uma choupa, e depois.... aquela picada forte que.... ferro bem em cima... ele aí vem. Percebi logo que era um pargo de  tamanho modesto (500 ou 600Gr). E depois uma ou outra safia, uma ou outra choupa. (Ao amanhar o pargo em casa, verifique que tinha sardinha no estômago).

- Após ter apanhado o pargo comecei a refletir; "Penso que estava a trabalhar bem... sozinho mas bem. Se não tivesse faltado a sardinha a coisa podia ter-se dado (ou não). O Pesqueiro estava a ficar com todos o sinais que isso iria acontecer.

- Não vale a pena lamentos. Fica como experiência e mais dias certamente virão.

- Mas pesca de diversos, definitivamente, não é a minha pesca.
Os meus agradecimentos aos meus companheiros, João Maria e Nuno Mira, bem como ao mestre Vitor.

Até à Próxima (Agosto ?)

Tóze

.



quarta-feira, 16 de maio de 2012

* * Pesca aos Gorazes * *


- Após 2 saídas (Sines), uma com muito pouco peixe e a outra com absolutamente nenhum (bogas e cavalas, assim como peixe míudo que é devolvido ao Mar não contam), decidiu o grupo efectuar uma saída para "Mares mais fora" (12 milhas mais ou menos), com ideia de capturar algum peixe próprio daquelas paragens (gorazes; Peixe Espada; Cantaril, etc).

Se bem pensámos, melhor o fizemos.Vá de ver as condições climatéricas nos sites habituais e conjugar isso com a disponibilidade do Vitor (o nosso mestre desta vez) e assim, dia 12 de Maio achámos o que se procurava.

- Quem já foi aos Gorazes, sabe como é esta pesca.Começa com uma viagem de barco com uma duração de aproximadamente 1 hora (da marina até ao pesqueiro - dependendo do barco e da vontade de gastar combustível o tempo pode encurtar, mas não muito).


- Encontrar o pesqueiro é fácil (GPS com marcação do local), mas colocar o barco exactamente onde se pretende!!!... fundos a rondar os 280 metros...ligeira brisa...a alterar constantemente de direcção... bem... no nosso caso (na minha opinião) as condições não podiam ser melhores (nem sequer havia aguagem)... mas 280 metros, são 280 metros, o ferro leva um disparate de tempo a chegar ao fundo,... depois "agarrar"...bem .. lá poisámos.

- Demos então inicio à montagem das canas (2) (a estas profundidades, quanto mais canas a pescar pior... mais enleios). Tivemos também o cuidado de colocar uma com uma chumbada de 1,200Kg e a outra com 900 Gr (apx). Isto permite que a velocidade de descida seja diferente, tentando evitar ao máximo os famigerados enleios. Embora durante toda a acção de pesca se tenha tentado controlar as descidas e as subidas (não descerem nem subirem ao mesmo tempo).

Com base nesta teoria, iniciou-se a pesca. Inicialmente 3 a cortarem isco (cavala salgada)  e depois passou a ser só um; o Nuno Mira. "O rapaz tem cegueira com a coisa... talvez se faça!!!... Quem sabe?.

O tempo de descida a rondar os 9 minutos e o de subida sujeito à velocidade solicitada ao carreto (se carregado com peixe, nunca menos de 12 minutos).

- É uma pesca que como já perceberam, nada tem a ver com a dos Pargos / Douradas. Aqui há tempo para comer, para dormir, para cavaquear, contar anedotas (muitas), com muita parvoíce pelo meio, mas a 12 milhas da costa quem é que nos ouve?.

- O Peixe lá começou a entrar,.... espaçadamente..... dois.... três...carapaus de bom tamanho (grandes - alguns a rondar o Kg)... uns gorazes pequenos.

- Por volta da 10h15 a actividade parou. Então!!!... deixaram de comer?Não. O barco saiu do sitio. Por isso por voltas das 11 Horas, mais coisa menos coisa.... vá de corrigir a posição.

Olhando para o GPS, consegue-se perceber a distancia a que já estávamos do sitio inicial. Correcção feita e novo inicio. Mais uns peixes na mesma cadencia acima descrita. Por volta do meio dia, nova pausa, o que provocou a consulta imediata ao GPS para verificar  a posição. O "Neves Mar" continuava no mesmo sitio. O Vento soprava agora de NNW fraco, mas com intensidade certa.O Mar começava a mexer... pouco. Esta espera convidava a qualquer coisa para aconchegar o estômago. Bem pensado! Melhor feito (Soube bem a sandocha e o sumo).

Uma da tarde...éh pá.... uma moleza.... duas canas.... 5 pessoas.. uma cama tão boa ali mesmo na proa (a noite tinha sido pouco dormida)... até nem sou nada de sestas, porque gosto de gozar o dia de pesca em pleno e penso que dormir, é uma perda de tempo...mas não tenho nada para fazer.... não me deixam inventar nada.... olha "Ok pessoal vou só até ali à proa descansar um pouco" Oh... foi até às 14h20. Aquele balanço... maravilha. Acordei bem disposto. O Pessoal também estava a animar, porque o peixe estava a ficar novamente activo..

- Sentei me ao pé do mestre Vítor a observar a sua acção de pesca, ao mesmo tempo que saboreava uma cerveja (estupidamente gelada). Por volta das 16h00 a cana do mestre Vítor, verga toda. Era peixe grande. Só podia. Vá de carregar no botão do carreto e dar inicio à subida. Gemia. Foi o som ouvido durante uns 60 metros (O carreto tem um pequeno ecran onde apresenta esta informação e outras), e depois Piiiiiiim...foi.
Tínhamos acabado de perder 200 metros de multi filamento podre ou que por algum motivo ficou fragilizado; uma chumbada de 1,2Kg; destorcedores;  anzóis.... tudo foi enfeitar o Reino de Neptuno.Seria peixe ou peixes??? O que seria? Nunca vamos saber.

Ficou assim demonstrado que devemos ir à pesca com material adequado à pesca que se vai fazer e devidamente revisionado. Qualquer dúvida no seu estado.... o melhor é trocar. Talvez assim se possa evitar estes dissabores.

- Seguidamente vá de bobinar mais 200 metros de multi filamento e montar a cana toda.

Os peixes devem de ter ficado contentes com a nova decoração do reino, porque após a total descida, era contar até 10...e .... já está. Inicia nova subida.

- Mantivemos esta actividade até perto das 18h00, hora em que demos por encerrada as hostilidades e inicio ao regresso.

Ficam as fotos do resumo da jornada. A qualidade não é a melhor, porque o Nuno (que costuma ser o fotografo de serviço) tem a máquina avariada. Desta forma, só restou o telemóvel para efectuar a captura da recordação.


- A conversa já vai longa, e penso que está na altura de terminar o relato da faina.


Até à próxima e boas pescas.

Toze

domingo, 18 de março de 2012

* * * Pesca em Reflexão * * *

- Esta é uma entrada no Blogue, não para vos contar uma jornada de pesca, mas para reflectir sobre a não pesca.
Em Janeiro, eu e o João Maria, fizemos duas saídas, uma com o Ernesto Lima e outra com o Vitor (uma miséria). Em termos de capturas, ficámo-nos por uns sarguitos (poucos), uma ou outra abrótea e pouco mais.
Na última jornada (2012-03-10), eu, "abrilhantei" a jornada com 1 carpau (pouco maior que 20 cm); o João Maria, com uma dourada e dois ou três sargos (um deles de bom tamanho) e o Ernesto com 1 sargo veado, 1 ou dois sargos (pequenos) que se mostra:
O João e a Dourada

O Ernesto e o Sargo Veado

 
- Dá que pensar. Deixámos de saber pescar? Os resultados que obtiamos, eram provenientes da sorte? O Peixe desapareceu do Mar? Será por não ter chovido? Será da Lua? Será das temperaturas elevadas para a época do ano?
Pesqueiros com marcações fabulosas na sonda, mas quando passamos para acção de pesca... o peixe não ataca as iscas. A Sonda está avariada?

- Os relatos de outros companheiros, coincidem com a experiência que estamos a passar. O Peixe não come e as capturas não acontecem.

Os Pargos (dignos do nome) não entram (salvo um companheiro que num barco bem próximo do nosso capturou um com aproximadamente 7 Kg. Foi sorte?)

- Todas as jornadas têm sido pautadas por um tempo atmosférico magnifico. Desfrutámos por isso de excelentes dias no mar, mas... então e os peixes? Os pargos onde estão? Certamente que misturados com a água - não vejo outro sitio onde.

- Resta-nos por isso que a sonda esteja arranjada, a lua mude de fase, deixe de fazer calor e comece a chover, o peixe comece a comer e a sorte mude... enfim, resta nos esperar que tudo isto  se alter.

Vamos certamente continuar a insistir, a fazer o nosso trabalho (bem ou mal) em acção de pesca .

Vamos continuar e efectuar as nossas saídas sempre que possível , ficando à espera de melhores dias que tardam em aparecer.

- O que continua nas jornadas, é a amizade, que se não permanece igual, então está mais forte que nunca.

A todos os que tive o prazer de partilhar estes dias soalheiros, os nascer e por de sol, o meu obrigado.

TóZé