segunda-feira, 25 de junho de 2012

* * * Pesca Diversos * * *

Olá pessoal

- Tinha-mos agendado a nossa saída com o nosso amigo Ernesto Lima para dia 23/06/2012, mas com a salvaguarda de uns afazeres pessoais (do Ernesto) que poderiam alterar as coisas de forma impeditiva, e foi o que viria a acontecer.

- Devido também a afazeres meus durante a última semana de Junho e durante quase todo o mês de Julho (Vamos ver se é assim  ou não) e a obrigações sociais do João Maria, a pesca para os meses de Junho e Julho estavam comprometidas

Uma vez que não podia sair com o Ernesto (com muita pena minha), a terra era o destino mais provável, a não ser que... se descobrisse uma outra alternativa.

- O João fez uma chamada para o Vitor, ficando assim garantida a saída no "Delfins".

- Pensei...Hummm... "Delfins"?!!!!... é pesca de diversos. Mas mais vale uma pesca dessas do que ficar em terra! Ou não?

- Nesta jornada deparei-me com  com uma questão?

"Como é que uns indivíduos, só por estarem em acção de pesca numa embarcação diferente mudam o seu comportamento (em pesca) ?". Será porque numas pagam e noutras não!?

Senão vejamos:

- A pesca que praticamos a bordo do "Makaira" (as vezes que saí com o Ernesto foi sempre assim) é uma pesca sofrida, é uma pesca de paciência, de insistência... enfim.... de crer.
Tem um objectivo; capturar Pargos e ou Douradas de tamanhos agradáveis.
É claro que aparecem uns (Sargos legítimos, ou uns Sargos Veado (Saima) que também são bem aparecidos, os Safios também são intervenientes assíduos.
Aqueles peixes de tamanhos consideráveis que aparecem nos blogs, são fruto de muito trabalho e não de obra do acaso. Têm sempre (ou quase sempre) muito trabalho.

- Nesta acção de pesca o isco normalmente utilizado é a sardinha, embora o camarão e a cavala não sejam deixados de lado completamente.

- Como o João tinha sugerido; "primeiro os diversos e depois logo se muda". Disse-lhe, " Se queres assim, assim seja, mas não te esqueças que temos de mudar todos ao mesmo tempo, porque um a pescar com uns objectivos e os outros com outros, os resultados não são os mesmo." (É a opinião que tenho - embora possa estar errada).

- Como iniciámos com diversos ( eu não tinha nenhuma baixada preparada para isso, pois não tinha intenção de fazer esse tipo de pesca) o João teve que me emprestar o material necessário à captura desse tipo de peixe.
Mantive-me neste "formato" até às 10h30. Tinha capturado umas safias, umas choupas, carapaus, cavalas (é isto os diversos), mas era demais, não me estava a dar prazer... perguntei ao João (Tinha ficado encarregue dos iscos); "Trouxeste sardinhas?" Sim. Estão ali 2 sacos. Então manda para aqui algumas, para acabarem de descongelar, enquanto eu troco a baixada.

- Os companheiros também acompanharam na troca, mas ao fim de 10 ou 15 minutos.... estavam a desistir... o peixe  não atacava a isca. Por isso trocaram para "diversos".

As minhas iscas apareciam ligeiramente "ratadas", por isso continuei a insistir (teimosias).
Os ataques começaram a ser mais frequentes e com maior intensidade... pensei... estás no bom caminho.... a uma determinada altura, era mal tocava no fundo.... até que.... Ahhh... aí está o que procurava.... subiu alguns metros e soltou-se. Bem... fiquei satisfeito. Os peixes estavam no pesqueiro. Era continuar a trabalhar e os resultados iam aparecer (pensava eu).

- "João... dá-me mais sardinhas, estas já foram". Deu-me 2. "Dá-me mais, pá... isto não chega para nada...". Não há mais sardinhas respondeu. "Não HÁ mais?!!!. Só comprei 2 Kilos.
- Gastei aquelas 2 e comecei a iscar com cavala (umas que tinha apanhado). Mas cavala é cavala. Até é um bom isco, mas aqueles meus amigos estavam virados para a sardinha... e cavala!!! Não obrigado...foi a resposta que percebi ao deixarem de atacar a isca.

Bem.. então camarão inteiro.... ná..... não estavam também interessados.
Só me resta um caminho, voltar aos diversos. E foi o que fiz.

- Muda baixada, isca com camarão descascado..... duas ou três safias, uma choupa, e depois.... aquela picada forte que.... ferro bem em cima... ele aí vem. Percebi logo que era um pargo de  tamanho modesto (500 ou 600Gr). E depois uma ou outra safia, uma ou outra choupa. (Ao amanhar o pargo em casa, verifique que tinha sardinha no estômago).

- Após ter apanhado o pargo comecei a refletir; "Penso que estava a trabalhar bem... sozinho mas bem. Se não tivesse faltado a sardinha a coisa podia ter-se dado (ou não). O Pesqueiro estava a ficar com todos o sinais que isso iria acontecer.

- Não vale a pena lamentos. Fica como experiência e mais dias certamente virão.

- Mas pesca de diversos, definitivamente, não é a minha pesca.
Os meus agradecimentos aos meus companheiros, João Maria e Nuno Mira, bem como ao mestre Vitor.

Até à Próxima (Agosto ?)

Tóze

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