quinta-feira, 11 de outubro de 2012

* Pesca no Arrife *

Vila Nova de Milfontes é um destino colossal para a pesca desportiva. Dizem.
Tem para lá uma zona de pesca, com uma área considerável, a que chamam " Arrife". É considerada pelos entendidos como: "A Meca dos Pargos" ou será antes " A Meca dos pescadores de Pargos"? Será apenas uma mera questão da língua complicada que é o Português.

- Realmente, se fizermos uma pesquisa na Internet, facilmente conseguimos ver os mágnificos exemplares capturados na zona.
No dia a que se refere este meu relato, (2012/10/05) houve um convívio de pesca do pessoal da chumbadinha. Posso-vos dizer que o maior exemplar pesava 8Kg. É bom não é?

- Sabendo disto, o meu amigo Nuno Mira, deu "umas voltas", não sei bem quais, e conseguiu arranjar uma jornada de pesca para o ultimo 5 de Outubro comemorado em Portugal.

Como a embarcação comporta 6 Pescadores (para este tipo de pesca), alem dos outros amigos do Nuno (O cebola, o Luís Mira e o Cosme) foram também convidados a participar, o João Maria e Eu.

- Está bem. Porque não!? Respondi eu ao convite. As duas vezes que fui a Milfontes (JigII), a pesca não correu nada de especial, mas está bem.

- Levantar para cima de cedo. Com a hora de embarque marcada para as 6h30m. Tinha-mos que contar com 2h30m de caminho, mais o tempo de reunir o pessoal....percebi que era uma noite daquelas a que chamo de peixe frito... a cama é a farinha. Uma volta para um lado, outra volta para o outro e está pronto.

- Dos 6 companheiros, 3 deles nunca tinha visto, mas fiquei com boa opinião. Bem, vamos mas é ao que interessa... afinal como correu a pesca? Para mim!? Correu como das outras vezes.

- O "Arrife", é uma zona enorme, ficando a zona Norte do pesqueiro, a mais ou menos 9 milhas do Porto de Milfontes. Por isso o mestre Rui Santos, não levou mais de meia hora a colocar a embarcação "Vertical" no sítio por ele escolhido.

Fundura do pesqueiro: 110metros. Aguagem com fartura. Reparei nisso ainda o barco estava a ser fundeado.

- Levava por empréstimo, uma cana "Hiro" de 3,30m, (pertença do Nuno) para experimentar, porque a cana com que habitualmente costumo pescar é mais curta (2,70m) e muito macia.
Essa característica, dificulta as ferragens, bem como o domínio de peixes acima dos 3Kg.
Como o pesqueiro é famoso pelos exemplares de dimensões mais robustas, pensei que talvez não fosse má ideia solicitar o empréstimo deste equipamento.

Iniciámos a acção de pesca, com a confirmação da forte aguagem, mas passado pouco tempo, fui contemplado com um Besugo e um Carapau.
Reparei imediatamente que a cana só tinha diferença da minha o tamanho e nada mais.
Tive consciência que se algum peixe de dimensão superior lá caísse, o problema que iria ter, seria o mesmo. Podia imediatamente ter ido trocar pela minha, mas com o Barco com 8 pessoas, o poço completamente povoado de arcas, baldes, estojos de pesca, caixas e sacos com isco, e também por comodidade (verdade seja dita) deixei-me estar. Penso que este facto em nada contribuiu para efectuar mais ou menos capturas.

- Foram entrando uns Carapaus e uns Besugos, mas com um ritmo espaçado. Nisto o meu companheiro da direita (O Cebola) agarrou um pargo (rondava os 2Kg) que se mostra


A coisa está a compor-se (pensava eu). Os ataques foram-se sucedendo, com mais ou menos intensidade. A aguagem também era incerta, quer em intensidade quer em direcção.
Com a localização que tinha no barco (ver figura)









Está bom de ver o que se passou. Devo de ter estado mais de 3 horas enleado. O único companheiro com que não fui contemplado, foi com o Marinheiro António.

- Não estou a atribuir culpas a ninguém, porque com aguagens que agora estão a correr para Sul, passados 5 minutos para SSE, depois para Oeste.... e depois para.... penso que é muito difícil controlar a situação.

- Após 2 horas no primeiro pesqueiro, e com uma inactividade a passar a meia hora, foi tempo do Mestre Rui Santos mudar o poiso para uma localização de apx. 3 milhas para Sul.
Este pesqueiro era um pouco menos fundo (97m) mas com as mesmas condições de aguagem, também por isso com as mesmas condições de enleios.

O peixe um pouco mais activo, permitindo a captura de 2 ou 3 pargos.
O do Luís Mira..
                                                  E uns Safios. O do Cosme de 12 Kg


                                             e o meu de 6,8Kg .. tirada tardiamente..



A Equipa da Jornada (Falta o João e o Nuno Mira -fotografo)


Agora com o pessoal todo

Entraram  5 Pargos ao todo (tamanho muito equivalente) com o Luís Mira a deixar fugir o maior mesmo à "abalada"... são ossos do oficio.

Os dois Pargos do Cebola foram tirados com camarão ( os outros não sei), não será este um isco a considerar também?

- Foi uma pesca diferente da habitual, Deu para ficar com os músculos todos moídos (aquele safio ía acabando comigo), mas continuo sem achar o que procuro; um Pargo, digno do nome. Será que alguma vez vai acontecer? Espero bem que sim. Eu trabalho com muita dedicação para isso.

Até lá...

Boas Pescas

TóZé