terça-feira, 22 de novembro de 2011

* * * Mar para Enjoar * * *

- Dia 19 de Novembro, foi dia de pesca.
As consultas frequentes ao Windguru, indicavam um vento fraco, vaga de 3 a 3,4 metros e um período de vaga entre os 14 e os 17 segundos. Belo. Belo mar para enjoar.

Foi isso que quase me aconteceu, por volta das 9 horas, ao ir dentro da cabine do "Makaira" buscar um sanduiche e um sumo... mal baixo a cabeça... é pá... uma má disposição terrível (é verdade que a coisa já se estava a fazer sentir). Pensei... é hoje que a coisa se dá.

Fui comendo e bebendo o sumo (com gás), começaram então a aparecer uns "arrotos", a má disposição começou a querer abandonar o corpo, ao mesmo tempo que chegava uma vontade enorme de pescar. Antes isso. Tinha tomado o comprimido do enjoo como faço sempre. A noite até tinha sido bem dormida. Não houve copos, nem garrafas, nem nada disso. Foi um comportamento exemplar. Terá sido do pastel de Nata? Não sei. Já passou e pronto.

- A pesca foi dura. Devido ao estado do mar que vos apresentei anteriormente, a ferragem do peixe tornava-se difícil. O Peixe consegue comer sem que o pescador perceba que o está a fazer ( com outros mares também isso acontece (peixe pequeno)). Mas neste dia estava ainda mais difícil. A adicionar a esta vaga, o "Makaira" decidiu efectuar uns "piões", comandado certamente pela direcção desta que alterava, ou pelo sr. vento, que aparecia a dar um ar da sua graça de vez em quando. Este "baile" quer em cima quer em baixo, proporcionou magníficos "arrochanços" e o consequente abandono de material no reino de Neptuno.

Eu tinha dito ao Ernesto no inicio da jornada, enquanto estávamos a preparar as canas, que a ponteira de amortecimento da minha, devia de ser trocada, ao que ele me respondeu " estás à espera  de quê?". Talvez ainda aguente, disse eu.

Durante um desses "arrochanços"... foi-se. Foi um arrochanço, mas podia ter sido um peixe bom. Certamente que teria acontecido o mesmo. Ficou a lição: "Se pensamos ou desconfiamos que algum material não está em condições, então devemos actuar imediatamente de forma a que  fique operacional. Este comportamento pode ser a diferença entre a captura ou não de um grande exemplar". Espero ter aprendido.

- O Resultado do nosso trabalho resumiu-se a: 8 Pargos, 7 Douradas, 3 Abroteas, 2 Besugos, 2 Fanecas, 1 Safia, 1 Coupa (Podem ver o desespero para guardar este tipo de peixe; não tenho nada contra as fanecas, não tenho nada contra as safias, não tenho nada contra as choupas, mas comparados com os "lutadores" pargos e douradas,... enfim, é a crise).

Nenhum dos exemplares capturados foi merecedor de foto. Peixes a rondar o kilo e alguns nem isso.
Fica a foto do resumo desta dura jornada  que demos por terminada por volta das 16h00, mas que valeu muito a pena. A companhia do mar, do João Maria, do Ernesto e do Makaira, são fantásticas.



Por mais estes bons momentos passados na minha vida, ficam os agradecimentos aos amigos.

Boas Pescas
TóZé